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Entrevista de história oral com Nelson Jobim

 NelsonJobim

Entrevistado: Nelson Jobim, Ministro da Defesa (2007-2011).  

Entrevista realizada no contexto do projeto “Política Externa e Relações Internacionais da
Nova República”, desenvolvido com financiamento do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), entre dezembro de 2011 e dezembro de 2013. O projeto visa à gravação de 20 horas de depoimentos com presidentes e principais diplomatas que tiveram participação nas relações internacionais da transição democrática até os dias atuais. Tais entrevistas serão tratadas e divulgadas no portal do CPDOC, bem como servirão de subsídio para publicação de um livro.

Baixar entrevista na íntegra aqui.

Entrevistador(es): Oliver Stuenkel; Marcos Tourinho.

Outras entrevistas podem ser encontradas no acervo de história oral do CPDOC através do link http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/historia-oral.

Entrevista: 10.05.2013

Parte 1: Crise na aviação civil brasileira; convite para o Ministério da Defesa; acidente da TAM; carta branca do Lula; aceite do convite para Ministério da Defesa; consideração sobre três elementos ligados ao Ministério da Defesa: Infraero, DECEA, ANAC; criação da Secretaria de Aviação Civil; convite de Solange Vieira para assumir a Secretária de Aviação Civil; afastamento de dos diretores da ANAC e Infraero; reforma do Ministério da Defesa; conversa com as Forças Armadas; fortalecimento do Ministério da Defesa com Marinha, Aeronáutica e Exército; construção de uma Estratégia Nacional de Defesa junto com Mangabeira; mapeamento de problemas e construção de relação de confiança com as Forças; uso de farda militar; representação judicial contra Nelson Jobim; atuação para subordinação dos militares à autoridade civil; proibição de encontros particulares entre o presidente da República e representantes do exército; aumento de Orçamento para o Ministério da Defesa; indústria da Defesa Dual; criação da posição de Chefe de EstadoMaior Conjunto; atritos com membros das Forças Armadas; destituição do General Maynard Marques de Santa Rosa; acordo com General Augusto Heleno; resolução da crise no Morro da Previdência; viagens pelas fronteiras do Brasil; visita de políticos às fronteiras brasileiras; debate público sobre Segurança Nacional e o Livro Branco; expansão do debate para a América do Sul; crise entre Equador, Venezuela e Colômbia em 2008; criação do Conselho de Defesa Sul-Americano; visita aos países Sul-Americanos e conversas com seus presidentes, ministros de relações exteriores e ministros de defesa; negociação com a Colômbia para criação do Conselho de Defesa Sul-Americano; negociação com Uruguai para criação do Conselho de Defesa Sul-Americano; negociação com Argentina para criação do Conselho de Defesa Sul-Americano; problema de fronteira entre Equador e Peru na Cordillera del Cóndor; mediação entre Equador e Peru em 1998; consolidação do Conselho de Defesa Sul-Americano; visita aos Estados Unidos e conversa com Robert Gates e Condoleezza Rice; reunião com Chávez; considerações sobre a reativação da Quarta Frota; debate na Washington University sobre a Bacia do Atlântico………………………………………….p.1-28.

Parte 2: Discussão sobre Plano de Levantamento da Plataforma Continental Brasileira; considerações sobre Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar; lembrança das discussões sobre a reativação da Quarta Frota; relação com Itamaraty; relação com Marco Aurélio Garcia; considerações sobre a fronteira entre Brasil e Colômbia; posicionamento brasileiro a respeito das Farc; viagens para os Estados Unidos; contato com Clifford Sobel; conversas com Condoleezza Rice e Robert Gates; relacionamento com Robert Gates; contato com Jim Jones; lembrança de jantar na Suprema Corte estadunidense; contato com Antonin Gregory Scalia; relação entre Ministério da Defesa brasileiro e Estados Unidos; enfretamento com Robert Gates sobre compra de radares estadunidenses; observações sobre Lei de Abate do Brasil; contato com Chuck Hagel; criação de Livro Branco de Defesa; relação com membros das Forças Armadas brasileiras; relação entre Ministério da Defesa brasileiro e França; negociações para compra de submarinos; transferência de tecnologia; contato com almirante Guillaud; atuação para desenvolvimento de indústria da defesa; relação de Lula com Bush; negociação para compra de aviões de caça e a preferência por aviões de caça franceses; considerações sobre fracasso das negociações; considerações sobre relações Brasil-França; opinião atuação de Lula frente crise do Irã; posição sobre Brasil assinar Protocolo Adicional do Tratado de Não-Proliferação Nuclear; considerações sobre centrífuga nuclear brasileira; tentativa de relação estratégia entre Brasil e Rússia; tentativa russa de vender avião de caça para o Brasil; tentativa de coordenação entre Emirados Árabes, Líbia e Índia para compra de avião de caça francês; considerações sobre Força Área Brasileira; considerações sobre fracasso de compra dos aviões de caça; atuação na crise da Líbia em 2011; posicionamento brasileiro sobre Responsabilidade de Proteger e Intervenção Humanitária: princípios orientadores das relações internacionais e confecção da carta da ONU; atuação na Crise da Guiné-Bissau em 2012; participação na reunião de ministros da Defesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa………………………………….. p.29-59.

Parte 3: Participação brasileira na crise na Guiné-Bissau em 2012; breve consideração da política externa do Lula; considerações sobre a participação do Brasil na Missão de Paz no Haiti: viagens do entrevistado, atuação dos militares brasileiros e jogo da Seleção brasileira de Futebol no país; atividades do Batalhão Brasileiro de Força de Paz no Haiti após terremoto em 2010; ajuda humanitária brasileira encaminhada para Haiti; gestão do Aeroporto em Porto Principe por exército estadunidense; menção à retirada do corpo de Zilda Arns do Haiti; reunião com René Préval e Leonel Fernández em 2010, presidentes do Haiti e República Dominicana, respectivamente; relação entre Forças estadunidenses e Forças brasileiras no Haiti; negociação interna para aumentar número de soldados brasileiros enviados; solidariedade dos militares brasileiros às vítimas; considerações sobre outras nacionalidades integrantes da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (United Nations Stabilization Mission in Haiti – MINUSTAH); treinamento dos soldados para operações de paz e o uso deste treinamento no Rio de Janeiro; gestão da MINUSTAH: número de mortos em operações e remuneração dos membros das Forças Armadas brasileiras; a repercussão do uso de farda militar e a aproximação com soldados; relação entre Ministério da Defesa e Itamaraty; relacionamento com Samuel Pinheiro Guimarães; negociação a respeito do Protocolo Adicional do Tratado de Não-Proliferação Nuclear; relacionamento com José Genoino Guimarães Neto………………………………………… p.59-82.

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Photo credit: Marcello Casal Jr/ABr

SOBRE

Oliver Stuenkel

Oliver Della Costa Stuenkel é analista político, autor, palestrante e professor na Escola de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo. Ele também é pesquisador no Carnegie Endowment em Washington DC e no Instituto de Política Pública Global (GPPi) ​​em Berlim, e colunista do Estadão e da revista Americas Quarterly. Sua pesquisa concentra-se na geopolítica, nas potências emergentes, na política latino-americana e no papel do Brasil no mundo. Ele é o autor de vários livros sobre política internacional, como The BRICS and the Future of Global Order (Lexington) e Post-Western World: How emerging powers are remaking world order (Polity). Ele atualmente escreve um livro sobre a competição tecnológica entre a China e os Estados Unidos.

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