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Entrevista de História Oral com Jorge Geraldo Kadri

 Kadri

Embaixador Jorge Geraldo Kadri

Entrevista de história oral realizada no contexto do projeto “O Brasil em Crises Internacionais”, desenvolvido pelo Centro de Relações Internacionais do CPDOC com financiamento da presidência da FGV, entre junho de 2013 e maio de 2015. O projeto visa, a partir dos depoimentos cedidos, a formação de um banco de fontes orais.

Baixar entrevista na íntegra aqui.

Entrevistador(es): Oliver Stuenkel, Marcos Tourinho

Outras entrevistas podem ser encontradas no acervo de história oral do CPDOC por meio do link http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/historia-oral.

Para citar a entrevista:

KADRI, Jorge Geraldo. Entrevista concedida para o projeto “O Brasil em crises Internacionais”. CPDOC, São Paulo, 4 dez, 2014. Programa de História Oral.

Data: 04/12/2014

São Paulo, SP, Brasil

Duração: 2h42min

Parte 1: A chegada na embaixada em Assunção no ano de 2003; a influência do Brasil na política paraguaia e as impressões da população paraguaia; conselhos do embaixador Seixas Corrêa para a sua ida ao Paraguai; preparação do Paraguai para as eleições gerais; eleição do presidente Nicanor no Paraguai; visão dos Estados Unidos sobre a importância política do Brasil para o Paraguai; maior atuação brasileira em seu entorno regional; atuação do entrevistado na promoção cultural brasileira no Paraguai; aumento dos custos de produção de energia elétrica em Itaipu e a relação brasileira e paraguaia em questões energéticas; processo de impeachment no Paraguai em 2012 e os impactos para o Mercosul; atuação do Brasil para a promoção da estabilidade política no Paraguai; papel da mídia paraguaia nas críticas ao Brasil por parte da população paraguaia; relevância da área cultural dentro das atividades do Itamaraty; relevância das questões de segurança energéticas do Paraguai para o Brasil; passagem do entrevistado pela Divisão de Promoção da Língua Portuguesa do Itamaraty; a importância dos centros culturais mantidos pelo Itamaraty fora do Brasil; debate dentro do Itamaraty sobre a criação de instituto para a promoção da língua e da cultura brasileira no exterior; opinião sobre a viabilidade de tornar o português uma das línguas oficiais da Organização das Nações Unidas; a relevância da língua utilizada para negociações entre diplomatas; ida do entrevistado para Guiné-Bissau em 2008; a pretensão do entrevistado de ser embaixador do Brasil no Haiti; prioridades da gestão do entrevistado na embaixada brasileira em Guiné-Bissau; relato sobre a instabilidade política de Guiné-Bissau e sobre o processo de independência e guerra civil de Guiné-Bissau.

Parte 2: Apresentação das credenciais do entrevistado para o presidente Nino Vieira de Guiné-Bissau; facilidade do acesso dos diplomatas brasileiros ao alto escalão do governo de Guiné-Bissau; relação de Nino Vieira com a etnia Balanta de Guiné-Bissau; papel de Nino Vieira na Guerra de Independência de Guiné-Bissau; relato sobre as lideranças do partido PAIGC dentro de Guiné-Bissau e em Cabo Verde; relato sobre o assassinato de Tagme Na Waié e de Nino Vieira em 2009; relação do entrevistado com um coronel brasileiro que servia na Uniogbis; relato sobre os projetos de cooperação desenvolvidos pelo Brasil em Guiné- Bissau através da ABC e a colaboração da embaixada brasileira; contribuição brasileira para a formação de acadêmicos em Guiné-Bissau; opinião de embaixadores importantes do Itamaraty sobre a relação do Brasil com Guiné-Bissau; relato sobre a produção de castanha de caju como matriz econômica de Guiné-Bissau; atuação da embaixadora Maria Luiza Viotti no Conselho de Segurança das Nações Unidas e na Comissão para a Consolidação da Paz das Nações Unidas; visitas do embaixador Patriota à Guiné-Bissau; visita do presidente Lula à Guiné-Bissau; desenvolvimento de projetos por parte do Brasil para a formação de capacidades do Estado de Guiné-Bissau; importância de Portugal dentro do processo de consolidação da paz e reconstrução do Estado de Guiné-Bissau; a atuação da União Europeia na ajuda internacional para o desenvolvimento de Guiné-Bissau; relato sobre a estrutura organizacional do Exército Bissau-guineense no período pós-independência; relato sobre os diferenciais brasileiros em relação aos outros países que também atuam no processo de ajuda à Guiné-Bissau; atuação do Brasil em relação ao papel das mulheres dentro da sociedade bissau-guineense; relato sobre as fraquezas existentes dentro do sistema jurídico de Guiné- Bissau e o abuso de poder por parte de setores militares; a atuação de Angola dentro do processo de nation building de Guiné-Bissau; relato sobre a missão da Ecowas em Guiné- Bissau; disputa de poder entre Carlos Gomes Júnior e Malam Bakai Sanhá em Guiné-Bissau; relato sobre as dificuldades do cargo de Chefe das Forças Armadas de Guiné-Bissau; a contratação de vinte funcionários para a embaixada do Brasil em Guiné-Bissau por parte do entrevistado; relato do entrevistado sobre a falta de estrutura em Guiné-Bissau; relato do entrevistado sobre as suas fontes de informações durante o período no qual esteve em Guiné- Bissau.

Parte 3: A relação do entrevistado com o Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para Guiné-Bissau, embaixador Mutaboba; a influência da Nigéria na Ecowas e no processo político de Guiné-Bissau; as frustrações causadas nos doadores internacionais após o golpe de 2012 em Guiné-Bissau; as sanções da ONU como resposta ao golpe de 2012; a realização do projeto de construção de 3 lan houses em Guiné-Bissau por parte do governo brasileiro; a ida de agentes da Polícia Federal brasileira à Guiné-Bissau em conjunto com o UNODC; relato sobre o projeto de formulação de uma academia militar em Guiné-Bissau para a formação de trinta oficiais com alto nível de formação e a interrupção desse projeto em função de dificuldades orçamentárias; relato sobre as tensões entre CEDEAO e CPLP nas questões relativas à Guiné-Bissau; a reação de Portugal no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o golpe militar de 2012 em Guiné-Bissau; o processo de reaproximação conduzido pela CPLP através de um representante especial, Carlos Moura; a indicação de Ramos Horta para o cargo de Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para Guiné-Bissau; relato sobre o esforço coletivo de diversos países e organizações internacionais para a promoção da paz em Guiné-Bissau; relato sobre a diversidade étnica dentro de Guiné-Bissau; relato sobre o respeito da população bissau-guineense em relação ao Brasil e às instalações diplomáticas brasileiras; relato do entrevistado sobre a segurança da embaixada; relato do entrevistado sobre reuniões informais com todos os embaixadores presentes em Guiné-Bissau; relação pessoal do entrevistado com os embaixadores de Angola e Portugal; relato do entrevistado sobre os interesses específicos de Angola em Guiné-Bissau; relato do entrevistado sobre as condições e crises da saúde pública bissau-guineenses; relação da embaixada brasileira em Guiné-Bissau com a Missão Permanente do Brasil para as Nações Unidas; a atuação de Maria Luiza Viotti como presidente da Peacebuilding Comission das Nações Unidas e a relação dela com Guiné-Bissau; relato do entrevistado sobre a dificuldade de coordenação entre os atores externos atuando em Guiné-Bissau; opinião do entrevistado sobre as denúncias de envolvimento de oficiais militares de Guiné-Bissau com o tráfico internacional de drogas; opinião otimista do entrevistado sobre o futuro de Guiné-Bissau e sobre a atuação do Brasil para a promoção da democracia e estabilidade política no país em questão.

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Photo credit: Emile Issa/ Kamsyn 

SOBRE

Oliver Stuenkel

Oliver Della Costa Stuenkel é analista político, autor, palestrante e professor na Escola de Relações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo. Ele também é pesquisador no Carnegie Endowment em Washington DC e no Instituto de Política Pública Global (GPPi) ​​em Berlim, e colunista do Estadão e da revista Americas Quarterly. Sua pesquisa concentra-se na geopolítica, nas potências emergentes, na política latino-americana e no papel do Brasil no mundo. Ele é o autor de vários livros sobre política internacional, como The BRICS and the Future of Global Order (Lexington) e Post-Western World: How emerging powers are remaking world order (Polity). Ele atualmente escreve um livro sobre a competição tecnológica entre a China e os Estados Unidos.

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